Almeida Garrett
Alfageme de Santarêm (D. Filipa de Vilhena)
Livraria Chardron de Lello & Irmão ( 19?? )
Com 222 páginas, ilustrado. Encadernação em tela.
Nota. Ligeiras marcas de acidez em 1 página ( Ver foto )
[O Alfageme de Santarém é um d]rama histórico em cinco actos [...] cuja acção se desenrola em Santarém, tendo como pano de fundo a crise política de 1383-1385. O Alfageme mencionado no título é Fernão Vaz, um espadeiro enriquecido à custa do trabalho digno, que possui o dom de polir e temperar as espadas invencíveis, a quem o condestável D. Nuno Álvares Pereira se dirige, na véspera de se juntar em Lisboa ao Mestre de Avis. Escrita ainda antes da chegada ao poder de Costa Cabral, a obra visaria, segundo Teófilo Braga, projetar a luz moral desse episódio heroico da história portuguesa sobre o momento presente, testemunhado por Garrett, denunciando a ameaça da sujeição da Rainha D. Maria II (no drama, D. Leonor Teles) aos interesses da facção conservadora (o partido do Conde Andeiro). A representação da peça foi, de facto, proibida no Teatro da Rua dos Condes; o drama foi impresso em 1842, representado por particulares, e só voltou à cena em 1846, já terminada a ditadura de Costa Cabral.